Se você acompanha as semanas de moda e as revistas do segmento, já percebeu que, há algumas temporadas, as coleções têm trazido peças mais discretas, femininas e confortáveis.
Embora as marcas tenham apresentado cores, bordados, aplicações e muitos materiais rebuscados, as modelagens tem sido mais amplas, com menos decotes e fendas e mangas longas e bainhas mídi.
Existem algumas teorias a respeito. A primeira é que a indústria busca se adaptar a consumidora do Oriente Médio, que tem alto poder aquisitivo e restrições culturais quanto à vestimenta. Uma segunda teoria, tem a ver com o movimento de empoderamento e toda a discussão sobre machismo, assédio e a questão da sexualização da mulher.
Uma terceira, e mais plausível para mim, é que o mundo mudou. Foi-se o tempo em que tínhamos guarda roupas enormes, funcionários em casa para cuidar dos filhos e das roupas e muito tempo para elaborar looks para cada evento do dia. A realidade hoje é que a moda tem que ser pratica, funcional, confortável e, sobretudo, precisamos consumir com mais consciência.